A Visitante

Hoje eu quero lhe mostrar uma pintura que sempre me faz triste – por causa da história por trás dela. A americana Mary Cassatt se tornou uma das maiores artistas de sua época, alcançando a fama num período em que mulheres eram desencorajadas a seguir carreiras artísticas. Ela deixou o estado onde nasceu, a Pensilvânia, em 1865 para estudar em Paris, e no início dos anos 1870 havia decidido ficar lá permanentemente. A sua irmã, Lydia, se juntou a ela alguns anos depois e, antes do final da década, elas estavam dividindo um grande apartamento na Avenida Trudaine com os seus pais. Na mesma época, Cassatt estava entrando no círculo Impressionista, um grupo então notório de pintores avant-garde em Paris. Ela fez uma exibição com eles pela primeira vez e 1879. No ano seguinte, Cassatt pintou A Visitante, um retrato de Lydia, que era sua modelo favorita. Em 1878, Lydia foi diagnosticada com a Doença de Bright, um mal do rim sem cura. As muitas pinturas de Cassatt de sua irmã são obras-primas, elas imortalizam sua irmã, mas também revelam a grande quantidade de horas que passaram juntas, quando descobriram que seu tempo juntas seria breve.