Árvores ao Longo de um Rio

As Árvores ao Longo de um Rio de Piet Mondrian, pintadas em 1907-8, exemplificam o período inicial, figurativo, do artista. À primeira vista, é um grande distanciamento dos seus venerados quadros em grelha. Mas na verdade, Mondrian já se interessava por muitos dos temas e filosofias refletidos nos seus trabalhos mais tardios aquando da pintura deste. Na maioria dos casos, são as inovações formais de Mondrian o que ele enfatiza - como a sua adoção da abstração e da geometria. Mas os seus quadros - tanto os primeiros como os da maturidade - demonstram certos princípios da Teosofia, uma filosofia religiosa abraçada por Mondrian. Antes da Primeira Guerra Mundial, Mondrian foi introduzido às ideias de Helena Blavatsky, uma co-fundadora da Teosofia. Blavatsky acreditava que as formas geométricas eram espirituais, que representavam o essencial, aquilo que é maior que o puramente físico. A Teosofia insistia que os artistas fossem capazes de aperfeiçoar a humanidade pelo afastar do corpóreo e a exposição do "essencial".