Ivan Fedorovich Choultsé
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Ivan Fedorovich Choultsé foi um pintor russo que criava paisagens realistas, destacando-se na representação de paisagens de inverno. Ele era popular entre membros da família do czar Nicolau II. No entanto, aqueles eram tempos conturbados na Rússia, e após a Revolução de 1917 e a abdicação do czar, Choultsé deixou a Rússia e viajou para a Europa. Isso deu-se provavelmente devido à sua ligação com o czar, mas também porque o clima artístico na Rússia durante esse período era difícil.
Choultsé viajou para o Mediterrâneo e pintou diversas paisagens de verão, mas foi sua estada na Suíça que influenciou seu desenvolvimento artístico. Seja pelo fato das paisagens nevadas da Suíça o fazerem recordar a Rússia ou por ter se apaixonado pelas vistas monumentais de Engadine e St. Moritz, Choultsé foi profundamente afetado pelo que ele viu por lá. Ele concentrou seus esforços no estudo da luz sobre a natureza, e desenvolveu seus mais conhecidos temas das gloriosas, reluzentes e brilhantes paisagens cheias de neve.
Por fim estabelecendo-se em Paris, Choultsé adotou a transliteração francesa de seu nome. Ele passou a expor sua obra no Salon des Artistes Français em 1923 e fez apresentações de muito sucesso na Galleries Gerald Freres. Exposições em Londres e Nova York seguidas por um artigo no Times resumiram as conquistas do artista ao dizer: “é necessário ver para crer”. Ivan Choultsé jamais retornou à Rússia, embora durante sua vida o seu trabalho fosse sempre reconhecido por lá, o que o tornou bastante solicitado.
Ele realizou pinturas espetaculares de paisagens nevadas onde a luz parece sair por de trás da tela e brilhar. Os críticos consideraram essas pinturas como fotográficas, desprezando-as como arte, mas como disse G. Blair Laing, um célebre negociante de artes, hoje em dia esse estilo de pintura é chamado de “realismo mágico” e é muito admirado.