O Livro de Daniel no Velho Testamento reconta como o herói bíblico foi condenado a passar a noite na cova dos leões for adorar a Deus ao invés do rei persa Dario. Aqui é representada a manhã seguinte quando, após a pedra que selava a entrada ser rolada e aberta, Daniel agradece a Deus por ter sobrevivido a noite em segurança. Para os teólogos, a imagem de Daniel sendo libertado da cova simboliza a ressureição de Cristo do sepulcro.
Rubens magistralmente combinou o realismo e a teatricidade para produzir um forte impacto emocional. Vários dos leões, por exemplo, encaram o espectador diretamente, sugerindo que o espectador divide o mesmo espaço que os leões, e, assim como Daniel, sente a mesma experiência ameaçadora dos predadores selvagens. Esta urgência é aumentada pelo fato de que as bestas são retratadas em tamanho real na enorme tela e com um realismo convincente. O movimento realista dos leões e os pelos surpreendentemente bem executados resultam da observação direta de Rubens e desenhos feitos na coleção de animais reais em Bruxelas. Completando essa veracidade está a iluminação dramática e o emocionalismo exagerado da pose de Daniel rezando.
Eu amo esta pose! :D Tenha um bom domingo! :)
P.S. O santo mais conhecido por ser retratado em poses estranhas é São Sebastião. Não é uma coincidência que ele tenha se tornado um ícone gay. Confira aqui! <3