Pieter Sluyter after Maria Sibylla Merian
No século XVII, poucos europeus teriam tido a oportunidade de provar uma banana. Maria Sibylla Merian descreveu as suas propriedades por associação: "é utilizada como uma maçã e tem igualmente um aroma agradável, é boa para comer crua e cozida, tem uma pele espessa como um limão"... Na sua ilustração, retrata uma enorme inflorescência com flores masculinas, as brácteas vermelho-alaranjadas e flores femininas em flor, e os frutos maduros.
Em 1699, Maria Sibylla Merian (1647-1717) e a sua filha Dorothea Maria Graff viajaram para o Suriname para estudar insetos e documentar o seu aparecimento. Embora a sua expedição auto-financiada tivesse sido planeada para durar cinco anos, em 1701 Merian regressou a Amesterdão e começou a alterar os seus esboços de campo para os preparar para as impressões; depois disso, três gravadores de placas de cobre fizeram as placas. Graças aos seus contactos entre naturalistas holandeses, doze assinantes financiaram a publicação de uma edição de luxo, colorida à mão, da obra. As observações de Merian de insetos vivos permitiram-lhe documentar o seu aparecimento em várias fases do seu desenvolvimento e as suas interações com outros animais. Metamorphosis insectorum Surinamensium não é um trabalho exclusivamente entomológico; Merian e Graff também estudaram e registaram a flora da selva amazónica, aracnídeos, anfíbios, répteis, e pequenas aves.
Na exposição em curso "Plantas e animais. Atlas da história natural na era de Linnaeus" no Museu do Palácio do Rei Jan III em Wilanów você tem uma oportunidade única de ver quatro exemplares do Metamorphosis insectorum Surinamensium.
Maria Sybilla Merian é uma das mulheres artistas apresentadas no nosso " Caderno de Mulheres Artistas". Confira-o aqui!
P.S. Aqui pode saber mais sobre a arte da ilustração botânica.