Confeção de Manteiga de Maçã

AInda que muitos associem as maçãs a comodidades da Nova Inglaterra, a Confeção de Manteiga de Maçã encontra-se na verdade entre uma mão-cheia de pinturas baseadas nas memórias que Moses tinha da Virgínia. A casa na cena é a Dudley Place, uma das muitas quintas que a família de Moses ocupara como arrendatária durante os seus anos passados no Sul. "Os fins do estio eram a altura em que se fazia a manteiga de maçã", escreveu Moses na sua autobiografia. "A manteiga de maçã era considerada como uma necessidade." A "manteiga de maçã" faz-se com dois barris de sidra (trituram-se maçãs primeiro para se fazer a bebida) colocados ao lume no pomar até à fervedura, dentro de um grande caldeiro de latão. Querem-se três barris de maças em quartos, ou snits, como lhes chamavam, sem caroço, que depois se começam a despejar para o caldeirão, sempre mexendo. . . . As mulheres continuavam assim sem cessar, esgotando as maçãs até à noite. Nessa altura vinham os mais jovens e mexiam eles. Eram precisos dois—um rapaz e uma rapariga—para segurar a colher. Divertiam-se, toda a noite no pomar. As recordações pessoais de Moses—algumas das quais se lêem como receitas, outras como história de costumes—refletem-se nos conteúdos da pintura.