Andy Warhol
Na semana passada mencionei a PopArt, e nenhum outro movimento artístico poderia me distrair tanto hoje – depois de um longo tempo de estudo pesado, esta noite tenho o primeiro de muitos exames finais de Direito do semestre. Então preciso muito de uma distração para não entrar em pânico... Andy Warhol disse certa vez “Eu sou uma pessoa profundamente superficial”, e este é um grande paradoxo para abordar seu trabalho: enraizado na cultura pop, suas obras falam aos apelos modernos da sociedade contemporânea – o desejo de consumo; o gosto pelas imagens padronizadas e vibrantes, usadas para anunciar estes produtos; a avidez por entretenimento e distrações... Quem não reconheceria Mickey Mouse? As reminiscências amigáveis da infância sorriem para essa pintura fluorescente, no entusiasmo damos boas vindas à essa repetição frenética, poupando preocupações apenas pela emoção dela. A arte parece descer do seu pedestal, com o objetivo de cessar as necessidades da vida cotidiana. Nenhuma grande epifania, nenhuma complexidade moral, cores, ícones reconhecíveis e distrações. Mas como a filosofia da arte compreende esta receita? No que diz respeito a Jeremy Bentham, contanto que traga felicidade e diversão, então por que não? Na próxima semana iremos aprofundar em Bentham e outros filósofos utilitaristas, para entender o que querem dizer quando dizem que “Um jogo de cartas pode ter o mesmo valor que uma música”- até lá, sinta-se livre para nos dizer o que você pensa!
Artur Deus Dionisio
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