Robert Rauschenberg
A maioria de nós consideraria uma obra de arte como única e insubstituível, por isso sentimos que a perda de um trabalho é uma profunda privação à Humanidade. Sabemos que o conjunto de circunstâncias que deu origem a ela não mais será repetido e que nenhuma imitação será igual à original. Assim, nós naturalmente enfrentamos a destruição da arte como um crime hediondo. Mas a destruição pode ser um ato de criação? No pedaço de papel que você vê acima havia um desenho de Willem de Kooning. A natureza dessa representação, ou a beleza que uma vez brotou, não pode mais ser admirada. Você está olhando para uma percepção que foi roubada de você, e você nunca vai entender o que poderia ter sentido ou pensado se tivesse visto a pintura! Mas não é essa estranha sensação de repulsa e curiosidade, trazida até nós pela borracha de Rauschenberg, também uma impressão de valor e consideração? Você acha que a destruição do desenho de De Kooning pode ser considerada uma criação daquele que o apagou? O quão confortável você estaria olhando para esta peça, no Museu de Arte Moderna de São Francisco, assinada como uma obra de Robert Rauschenberg? Conte-nos o que você pensa em nosso Facebook e Twitter.
Artur Deus Dionisio
Já se passaram três anos desde que entregamos uma dose diária de arte para mais de 300.000 pessoas em todo o mundo. Agora pedimos a sua ajuda - queremos criar uma nova versão do DailyArt, mas precisamos de quase US$ 10.000 para que isso aconteça. Neste site você encontrará os detalhes e poderá fazer uma doação: http://support.getdailyart.com. Obrigada!