Antopometria azul, sem título by Yves Klein - 1960 coleção privada Antopometria azul, sem título by Yves Klein - 1960 coleção privada

Antopometria azul, sem título

óleo sobre tela •
  • Yves Klein - April 28, 1928 - June 6, 1962 Yves Klein 1960

Em 28 de abril de 1928, Yves Klein nasceu, um dos meus artistas contemporâneos favoritos. É difícil para mim explicar porque ele mexe tanto comigo – o fato é que quando eu vi uma de suas pinturas pendurada na parede de uma galeria, eu imediatamente me apaixonei pelos seus trabalhos. Eu sonho que um dia eu terei uma de suas obras. Aproveite a de hoje :)

Yves Klein é conhecido por seu uso quase exclusivo de um impressionante pigmento azul ultramarino em pó, que ele patenteou com o nome de “International Klein Blue,” afirmando que isso representava a manifestação física da energia cósmica que, apesar de invisível, flutua livre no ar. Além das pinturas monocromáticas, Klein aplicou esse pigmento em esponjas que ele fixou em suas telas como relevos ou que ele aplicou em suportes de arame para criar esculturas biomórficas ou antropomórficas.

Exibidas primeiramente em Paris, em 1959, as esculturas de esponja – todas essencialmente parecidas, mas fundamentalmente diferentes – formaram uma floresta de objetos discretos envolvendo os visitantes da galeria. Sobre esses trabalhos, Klein explicou, “graças às esponjas – matéria prima viva – eu ia ter a capacidade de fazer retratos dos observadores dos meus monocromos; observadores esses que depois de viajarem no azul de meus quadros, retornam completamente impregnados de sensibilidade, como estão as esponjas.” Para sua série “Anthropométries,” Klein celebremente usou modelos femininos nus encharcados de tinta como pincéis.

Seu sistema de pressionar corpos contra o suporte de papel (que era depois fixado à tela) rejeitou qualquer ilusão de uma terceira dimensão no espaço ilustrado. Nesses trabalhos, o tema, o objeto e o meio se tornam confusos uns com os outros para produzir um traço da presença do corpo.

As atividades não-convencionais de Klein também incluíam lançar milhares de balões azuis no céu e exibir uma vazia sala de paredes brancas e depois vender porções do ar daquele interior, que ele chamava de “área de sensibilidade ilustrativa imaterial.” Seus objetivos continuaram deixando pessoas perplexas mesmo 30 anos depois de sua repentina morte. Se Klein verdadeiramente acreditava na capacidade mística do artista de capturar partículas cósmicas na tinta e criar experiências estéticas a partir do nada e depois dividí-las ao seu bel prazer é difícil de determinar.

Também há o argumento de que ele era essencialmente um criador de caricaturas e paródias, que ridicularizava as inclinações de muitos artistas modernos à metafísica, enquanto parodiava o mercado artístico.

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