Gustave Courbet foi um pintor realista francês de Ornans, ativo na Paris do século XIX. Um inovador realista, seu trabalho focava em composições figurativas, paisagens e paisagens do mar. Ele defendia a busca pela verdade e acreditava que isso eliminaria os desequilíbrios e desigualdades sociais.
Típico de Courbet, A Mulher Nas Ondas oferece uma perspectiva alternativa aos ideais contemporâneos de beleza e representação do corpo feminino. O Nascimento de Vênus, de Alexandre Cabanel, estreou no Salon em 1863 e inspirou uma erupção de Vênus similarmente retratadas. A Mulher Nas Ondas destaca-se dessas e de outras representações tradicionais da beleza feminina através de sutis subversões na representação da mulher. Enquanto ele evoca o mito da Vênus nascida no mar, ele larga as convenções e a retrata com pelos nas axilas e cachos caindo em seu rosto. Ela não é glorificada como uma deusa ou ideal estilístico, mas como uma mulher com cabelos despenteados e axilas crespas. Note que ele a chama de “mulher” ao invés de “Vênus.” A Mulher Nas Ondas é retratada com sinceridade. Ela é honesta, realista e ainda voyeurística. Ela oferece outra perspectiva, menos defendida, ao panteão da beleza e dos ideais femininos.
- Pati