Henri de Toulouse-Lautrec
Até o dia 21 de outubro no MASP, em São Paulo, você pode visitar a exposição Toulouse-Lautrec em vermelho, que apresenta algumas das obras mais célebres de Toulouse-Lautrec, retratando a vida noturna de Paris, com seus cabarés, cafés, salões de concerto e bordéis e seus personagens, como prostitutas, boêmios e dançarinos.
O Divã, que pode ser visto na exposição, retrata o salão de entrada de um luxuoso bordel parisiense que Toulouse-Lautrec frequentava na Rue des Moulins, em meados dos anos 1890. Com seus sofás de encosto alto em veludo escarlate, a decoração do salão serviu como sugestão para o título da exposição, sendo que o vermelho também é associado à sexualidade e ao prazer.
Toulouse-Lautrec foi um assíduo frequentador de Montmartre, um bairro boêmio do norte de Paris, que sobreviveu às transformações urbanísticas do prefeito Georges-Eugène Haussmann (1809–1891). Essas reformas transformaram Paris em uma cidade elegante e organizada. A livre movimentação do artista entre bordéis e cabarés, tanto à noite quanto durante o dia, permitiram que ele criasse relações de amizade e confiança junto aos gerentes e trabalhadores desses lugares. Isso proporcionou-lhe uma perspectiva singular, baseada em ligações afetivas, sem relação com o quesito moral da vida dessas pessoas.