Para quê?

 Hoje é o aniversário do final da Primeira Guerra Mundial, durante a qual mais de 70 milhões de militares, incluindo 60 milhões de europeus, foram mobilizados.  Mais de nove milhões de combatentes e sete milhões de civis morreram como resultado da guerra (incluindo as vítimas de numerosos genocídios), uma taxa de baixas exacerbada pela sofisticação tecnológica e industrial dos beligerantes, e o impasse tático causado pela guerra de trincheiras exaustiva. Foi um dos conflitos mais mortais da história e abriu caminho para grandes mudanças politicas, incluindo revoluções em muitas das nações envolvidas.

Hoje, gostaríamos de apresentar uma obra criada pelo artista canadense (sim, prometo que iremos apresentar canadenses com mais frequência! :) Frederick Horsman Varley. A estória foi escrita pelo nosso novo colaborador, Norman.

Frederick Horsman Varley nasceu em Sheffield, Inglaterra, em 1881. Estudou em Sheffield e Antwerp e imigrou para o Canada em 1912. Em 1918, ele foi comissionado como um artista oficial da Guerra pelo governo canadense. Varley rapidamente ficou desiludido pela terrível carnificina da Primeira Guerra. Em 1920 ele se tornou um membro fundador do Grupo dos Sete, cujos membros retratavam a natureza selvagem do Canada.

Para quê? está exposto no Museu de Guerra Canadense, Ottawa. Sob um céu de chumbo que, à esquerda, mal pode se sustentar está uma recém-chegada carroça carregada com os corpos de soldados mortos recentemente, a serem enterrados no pequeno cemitério. Em primeiro plano, a própria terra foi mutilada por bombardeios e está repleta de escombros da guerra. Um dos coveiros está encostado na sua pá, cansado do trabalho sem fim. Um raio de luz acinzentado ilumina os escavadores, possivelmente transmitindo esperança para o futuro.

- Norman Clark