Tantas vezes vai o cântaro à fonte, até que quebra by Boris Ljubičić - 1991 - 68,5  x  98,5 cm Tantas vezes vai o cântaro à fonte, até que quebra by Boris Ljubičić - 1991 - 68,5  x  98,5 cm

Tantas vezes vai o cântaro à fonte, até que quebra

impressão offset • 68,5 x 98,5 cm
  • Boris Ljubičić - 1945 Boris Ljubičić 1991

A Maja é a nossa nova contribuidora croata - não direi mais nada, apenas que adoro a forma como ela escreve! Dêm-lhe as boas-vindas e desfrutem :)

Tantas vezes vai o cântaro à fonte, até que quebra é um provérbio conhecido em muitas nações, da Europa Central à América Latina. Basicamente, significa "se abusas demasiado da sorte, arriscas-te a ser prejudicado".

Este póster foi criado pelo designer croata Boris Ljubičić para o Dia Internacional dos Museus, organizado em todo o mundo desde 1977 pelo 18º dia de Maio. Consiste na foto de um cântaro de cerâmica partido quando caiu no pavimento de asfalto. Água foi entornada e os fragmentos dispersos da vasilha, dispostos como um puzzle assemelhando-se a um planisfério.

Decorria o ano de 1991, o último da Guerra Fria, o ano da dissolução da União Soviética, o ano em que os regimes socialistas colapsaram e o Pacto de Varsóvia finalmente terminou, o tempo da Revolução Cantada no estados do Báltico, do começo da operação Tempestade no Deserto e das vésperas da guerra na antiga Jugoslávia.

Defendendo que um designer tem de ser responsável no tempo e no espaço, Boris Ljubičić quis enviar uma mensagem numa era pré-SMS, de que "dos fragmentos de um mundo, um mundo novo emerge." A sua mensagem visual foi tão simples e poderosa que foi objeto de reconhecimento pela UNESCO. O póster venceu o prémio Media Save Art de 1991 por "contar uma história sobre a História do mundo que se fragmentou juntamente com a nossa memória."

Desde então, há 25 anos atrás, Boris tem continuado a conceber pósteres para o Dia Internacional dos Museus, sempre mostrando a sua responsabilidade no tempo e no espaço. E o mundo, 25 anos depois, encontra-se novamente como o cântaro do provérbio—a abusar da nossa sorte.

- Maja Kocijan