Jenny Nyström
Jenny Nyström foi pintora de retratos e pioneira na arte de livros ilustrados, a primeira pessoa na Suécia a ter a profissão de ilustradora de livros infantis. Sua linguagem visual classicista influenciou decisivamente no surgimento da produção em massa das imagens produzidas no país. Firmemente enraizada na tradição acadêmica e familiarizada com as suas fórmulas, ela removeu seu selo solene de alta cultura e transportou a pintura histórica, religiosa e de gênero para o mundo mais modesto da ilustração.
Em 1882 Nyström mudou-se para Paris, onde expôs no Salão Anual e também pintou A Convalescente. No ano de 1886 voultou para Estocolmo e casou com Daniel Stoopendaal, um estudante de medicina. Seu filho Curt nasceu em 1893.
Por volta da virada para o século XX, mulheres convalescentes e meninas eram tema popular na arte visual. Na pintura A Convalescente de 1884, Nyström escolheu representar o tema a partir da perspetiva narrativa da tradição classicista, com uma figura feminina jovem idealizada no centro da imagem, pairando entre a vida e a morte. A paciente gravemente doente contrasta com a menina descaradamente saudável e bonita, que está ao seu lado. A inválida olha para cima, colocando com confiança o seu destino nas mãos de Deus. A imagem está cheia de símbolos evidentes, como a planta morta no vaso contra o bouquet de flores vivas. O padrão de composicão centrado na linguagem corporal que chama a atenção e nas expressões faciais das figuras, tem as suas raízes numa tradição anedótica mais antiga. Nas pinturas do gênero, no início do século XIX, as figuras costumam posar como essas aqui, em uma espécie de palco iluminado, criando uma sensação de distância.
Apresentamos o trabalho de hoje graças ao Museu Nacional de Estocolmo.
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