Giulio Romano
Esta pintura da "vice-rainha de Nápoles" foi encomendado a Rafael em 1518 pelo Cardinal Bibbiena em nome do Papa Leão X para Francisco I de França, que colecionava retratos de mulheres bonitas. Pierre de Bourdeille, senhor de Brantôme, julgou, pela descrição, ser de Giovanna d'Aragona (1502 - 1575); um estudo de 1997 veio a demonstrar que a modelo foi na verdade Isabel de Requesens, a mulher de Ramón de Cardona, que foi vice-rei de Nápoles de 1509 a 1522.
Segundo Vasari, Rafael enviou Giulio Romano, um dos seus jovens assistentes, a Nápoles a fim de pintar o retrato com exceção do rosto, responsabilidade de Rafael; evidência documental confirmando o trabalho de Giulio Romando nesta encomenda resiste na herança de Rafael. O rosto foi deveras modificado; se não a este, o relato de Vasari poder-se-á aplicar a um outro quadro atribuído igualmente a Giulio Romano e Rafael: Isabel de Aragão como a Mona Lisa, retratando Isabel de Aragão, Duquesa de Milão (também conhecida por Isabel de Nápoles). As opiniões divergem quanto a quem executou o esboço para o Retrato de Doña Isabel de Requesens, o qual foi provavelmente reutilizado para o de Isabel de Aragão; Luitpold Dussler considerou o quadro inteiramente da autoria de Giulio Romano. Porém, ambos os retratos são hoje geralmente atribuídos ao desenho de Rafael e apelidados de "Gioconda de Rafael" devido às semelhanças visuais com a Mona Lisade Leonardo (também conhecida como A Gioconda), que integrava já a coleção de Francisco I. Também é possível que o retrato de Isabel de Aragão seja uma cópia; a galeria que a detém, a Galeria Doria Pamphilj em Roma, lista-a como "posterior" a Rafael.