O Vale da Sombra da Morte by George Inness - 1867 coleção privada O Vale da Sombra da Morte by George Inness - 1867 coleção privada

O Vale da Sombra da Morte

óleo sobre tela •
  • George Inness - 1 de Maio, 1825 - 3 de Agosto, 1894 George Inness 1867

George Inness foi um pintor de paisagens do século XIX. Ele foi influenciado pela Escola do Rio Hudson, da qual é frequentemente considerado como parte integrante, assim como da Escola de Barbizon, um movimento artístico francês. Ele também é associado ao Tonalismo. Esse estilo de pintura ficou famoso pela obra de Whistler, e favorecia a harmonia de cores sutis e evocativas acima de tudo. Inness também era voltado à filosofia, particularmente a uma forma de cristianismo espiritual chamado Swedenborgianismo, muito popular entre artistas e escritores americanos da época. Seu interesse na espiritualidade do Swedenborgianismo influenciou fortemente suas pinturas, e isso fica bem claro especialmente nesta obra. O Swedenborgianismo era baseado nos escritos do cientista e filósofo escocês Emanuel Swedenborg (1688-1772), que escreveu extensivamente sobre uma série de visões nas quais ele sentia que Deus havia lhe explicado o verdadeiro sentido da Bíblia. Para Inness e outros espiritualistas do século XIX, o Swedenborgianismo estava intimamente conectado às visões dos próprios seguidores e à vida espiritual interna, a qual eles acreditavam ser tão real e importante quanto o mundo material. A Nova Igreja, ativa nos dias de hoje, é a forma moderna da religião.

O Vale da Sombra da Morte foi uma das três obras encomendadas a Inness baseadas nos temas do Swedenborgianismo. A série foi intitulada “O Triunfo da Cruz” e teve como objetivo representar um tipo de peregrinação espiritual. Esta foi a única obra que restou da série. De acordo com os escritos de Inness, a cruz brilhante que ilumina o céu representa a fé do peregrino, uma vez que “sua luz daqui pra frente deve ser somente a fé” (Bell, George Inness and the Visionary Landscape, 83). Abaixo, o fiel peregrino aparece de pé, em uma caverna escura. Esta bonita pintura é misteriosa e desafia qualquer simples interpretação narrativa.

- Alexandra Kiely

P.S. Leia sobre as seis artistas da Escola do Rio Hudson!