Família. A parte central do tríptico "Vida".

Fedir Krychevsky foi um influente pintor ucraniano modernista. Em 1917, foi um dos fundadores e reitor da Academia Estatal de Artes ucraniana. Quando a academia foi abolida, trabalhou como professor no Instituto Estatal de Arte de Kyiv, tornando-se depois o seu reitor. Permaneceu em Kyiv no início da Segunda Guerra Mundial, e manteve a sua posição no instituto, tentando salvá-lo em condições difíceis durante a ocupação alemã de Kyiv. Foi presidente da União dos Artistas Ucranianos, que tentou melhorar as condições dos artistas durante a ocupação.

Mudou-se para Königsberg no verão de 1943 para se juntar ao seu irmão Vasyl. Tentou fugir para oeste para escapar às tropas soviéticas que avançavam, mas o comboio em que viajava foi tomado. Krychevsky foi preso pela NKVD como colaborador, porém os seus interrogatórios não suscitaram nada que o pudesse incriminar, pelo que foi despojado de todos os seus títulos e honras e enviado para o exílio interno para a aldeia de Irpin, perto de Kyiv, onde morreu de fome durante a fome em 1947.

Como participante de muitas exposições internacionais e ucranianas dos anos 20 e 30, Krychevsky era um dos favoritos da Bienal Internacional de Veneza de 1928, onde mostrou pela primeira vez o painel central do seu elogiado tríptico Vida. A pintura demonstra um tratamento moderno da superfície refinada (ritmo linear e a harmonia de cores semelhantes), bem como características da pintura monumental medieval. Combina os elementos Art Nouveau e pinturas religiosas ucranianas. Vida continua a ser um dos exemplos icónicos do modernismo ucraniano. Cada pintura contém respetivamente temas eternos da vida: amor, realização e perda. 

P.S. Conheçam Taras Shevchenko, o modelo de liberdade da Ucrânia e o artista mais importante do século XIX. 

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